terça-feira, 12 de julho de 2011

ANÁLISE - ENSLAVED: ODYSSEY TO THE WEST




Existem alguns jogos que são os chamados “injustiçados e esquecidos” por grande parte da comunidade de gamers. Alguns exemplos são o ótimo Vanquish, o excelente RPG Tales of Vesperia e claro o principal deles, o magnífico Enslaved: Odyssey to the West.

A empresa responsável pelo game, a Ninja Theory conhecida por jogos como Heavenly Sword e agora o novo e aguardado DMC: Devil May Cry conseguiu fazer um jogo, que chama a atenção do jogador com seus belos graáicos, história envolvente, personagens cativantes e diálogos marcantes. Enslaved: Odyssey to the West é um jogo para ficar na mente e coração de muitos jogadores por muito tempo, e o motivo disso você descobre agora na nossa análise.

Odisséia para o Oeste ou Dragon Ball? Um pouco dos dois

O jogo é ambientado 150 anos após nossa época atual em que a raça humana e seus derivados foram quase todos extintos do planeta, tendo as máquinas como grandes as dominadoras. A história se baseia na lenda chinesa “Jornada para o Oeste” onde o Rei macaco Son Goku parte rumo a essa jornada. Apesar de Dragon Ball não seguir essa história a risca, o mangá foi baseado nessa lenda segundo o próprio criador da série, Akira Toriyama. Baseado no conto chinês o jogo nos apresenta Monkey, um sujeito meio cabeça dura e machão, que possui grandes habilidades ao melhor estilo Prince of Persia. 

Além de Monkey, conhecemos também Trip, cujo objetivo é retornar a sua terra natal, só que para conseguir esse feito Trip precisa de ajuda, e ninguém melhor do que Monkey para ajudá-la. Com isso, Trip consegue escravizar Monkey através de um tipo de coroa ou bandana eletrônica que é capaz de escravizar facilmente o brutamontes. Se Monkey se distancia de Trip o mesmo começa a sofrer, podendo chegar até a morte, e se Trip morrer o grandalhão também morre. Uma grande oportunidade para a junção de dois personagens totalmente diferentes em seus hábitos já que Monkey é um brutamontes desengonçado e Trip é uma inteligente e expert em tecnologia.


  
Jogabilidade que consegue mesclar o útil com o agradável

Enslaved é um jogo que se foca absolutamente na aventura e nos diálogos marcantes entre Trip e Monkey. A jogabilidade consegue mesclar o estilo acrobático de Prince of Persia e a ação inteligente que o próprio game tem por si. É muito legal em algumas situações o jogador estar em um canto do cenário enquanto Trip destrai os robôs atiradores até que Monkey chegue ao adversário para fulminá-lo. 

Outro fator que a Ninja Theory acertou em cheio foi o uso da câmera nas cenas de ação, onde os criadores conseguiram utilizar muito bem os ângulos para os momentos rápidos e intensos. Nos momentos de ação Monkey utiliza o seu bastão (olha o bastão mágico de Goku aí) para destroçar seus oponentes na pancada ou até mesmo para disparar balas de paralização ou de destruição, além de utilizar-se de seus bons socos. Outro fator bem bacana é a prancha que Monkey utiliza no decorrer do game para fugir, correr atrás e até despistar os inimigos.

Uma mão lava a outra

O jogo tem um elemento muito forte que é a cooperação de Monkey com Trip e vice-versa. Em muitos momentos do jogo é necessário ajudar Trip a escalar algum lugar ou então protegê-la do ataque das máquinas, assim como, em muitas ocasiões Trip é sua salva vidas podendo distrair inimigos, abrir portas e passagens e, sobretudo dar vários upgrades em seus golpes, defesas e armas.

A Ninja Theory utilizou-se de um sistema muito agradável e divertido com essa parceria, como já foi visto no game Prince of Persia de 2007 onde o jogo também nos apresentava algo semelhante entre o príncipe e sua ajudante. Além da cooperação com o decorrer da trama, é bonito ver como dois mundos totalmente distintos que certamente não se cruzariam nunca, podem chegar a terem laços tão fortes a ponto de surgir até um romance entre os mesmos. Mais um ponto em que a Ninja Theory acertou em cheio.



Direção de Arte de dar inveja aos concorrentes

Uns dos pontos mais fortes de Enslaved são os seus gráficos e seus cenários espetaculares. Ver uma Nova York destruída e bela ao mesmo tempo não é uma coisa que se vê todos os dias no mundo dos games.  O game apresenta os cenários cobertos com uma coloração vibrante que consegue se juntar perfeitamente aos desastres ocorridos no planeta Terra. 

Outro fator maravilhoso são as incríveis expressões faciais que não são tão perfeitas como as de L.A. Noire, porém ganham um destaque muito grande em suas cenas de corte, fazendo com que o game se torne não apenas um jogo eletrônico, mas sim, uma experiência cinematográfica e digna de um Oscar. A dublagem do jogo também é fantástica, chegando a momentos em que o jogador se esquece de que tem um profissional por trás de tudo dando a sua voz aos personagens.


A ordem do fator não altera o produto

Apesar de Enslaved ser um jogo absolutamente competente, alguns jogadores mais exigentes podem ficar frustados com a falta de opções e mesmice nos momentos de ação. Infelizmente Enslaved não possui muitas opções de golpes ou de armas ao decorrer do jogo, e isso pode frustrar alguns jogadores acostumados com os God of Wars da vida. 

Outro fator que pode deixar os jogadores um pouco decepcionados é a questão de que o game não apresenta absolutamente nada além de seu modo história. A única coisa que o jogador pode fazer ao terminar o jogo é terminá-lo novamente em outro nível de dificuldade. Pra quem gosta de um multiplayer, infelizmente Enslaved não apresenta um modo de jogo pra os ávidos jogadores da Live e PSN, porém esses detalhes não tiram o brilho desta grande obra.



Considerações Finais

Enslaved: Odyssey to the West é uma jóia rara em meio a tantas continuações e remakes. Com um final no mínimo interessante o jogo consegue deixar um sentimento de quero mais, além de conseguir nos deixar com a impressão de estarmos assistindo a um grande filme e não jogando um jogo. A trama se desenvolve muito bem com suas reviravoltas e surpresas além de nos apresentar uma dupla marcante no mundo dos games. Se você tem alguma dúvida em relação à compra desse jogo, pare com isso e jogue Enslaved sem medo ou remórsio, pois se não fizer isso, certamente continuirá caindo na mesmice e na falta de criatividade que atualmente predominam no mundo dos games. Maurão que o diga eim?

NOTA: 9/10

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