sexta-feira, 29 de julho de 2011

ANÁLISE- NARUTO: THE BROKEN BOND

Naruto retorna na continuação do maravilhoso RISE OF NINJA. Porém o game não é tão impecável como seu antecessor.

Quando a Ubisoft lançou exclusivamente para o X-BOX 360 o game Naruto Rise of Ninja, os elogios e a alegria dos fãs da série foram óbvios. O game foi maravilhoso, totalmente fiel ao anime e, sobretudo nos deixando um sentimento de nostalgia do começo ao fim. Pena que essa continuação chamada de Broken Bound é um jogo que lembra muito aqueles episódios que os fãs detestam: Os intermináveis fillers.

O maravilhoso jogo da Ubisoft foi pro ralo? Calma...Não é pra tanto.

Mais uma vez desenvolvido pela Ubisoft, o game retorna com a sua jogabilidade em terceira pessoa, com mundo aberto ao estilo GTA, porém algumas coisas se perderam nessa continuação. O jogo não inova em absolutamente nada e não consegue apresentar ao público a mesma sensação que seu anterior Rise of Ninja passou. O sentimento de nostalgia foi deixado de lado e o que mais vem à tona é o sentimento de: “ Por que mudaram isso”? Por que tantas missões paralelas a série? O jogo peca em muitas vezes fugir absolutamente da história e colocar missões exaustivas que não acrescentam em nada na trama. Os pontos positivos são os artifícios usados no game anterior, como as lutas estratégicas, o cenário absolutamente fiel ao anime e sobretudo o tão bem recepcionado áudio japonês. Sim, dessa vez a Ubisoft não se limitou aos usuários fazerem o download e já colocaram o áudio em japonês para alcançar ainda mais os fãs do seu primeiro game que reclamaram da ausência do mesmo. Porém as músicas do anime que foram utilizadas em Rise of Ninja, dão lugares a músicas que lembram algumas vezes aquelas clássicas do game Donkey Kong Country.

História:

O game começa exatamente onde terminou o primeiro. Após a batalha mortal de Naruto contra o ninja Gaara, o lendário ninja Orochimaru ataca a vila da folha afim de destrui-la completamente para não ter nenhum empecilho no seu caminho. O jogo narra os fatos dos episódio 81 ao 135 nos mostrando o primeiro contato de Naruto com seu mestre, o também lendário Jirayia, que na verdade não lembra nem um pouco o ninja da série de tokusatsu e sim se assemelha mais a um outro mestre pervertido chamado Kame Sennin.
Até ai tudo bem, mas o ruim do game é que quando você está se emocionando com o que acontece, surgem missões paralelas que definitivamente não acrescentam nada ao game. O pior ainda é que diferentemente de seu antecessor que utilizava muito bem as cenas do próprio anime, essa continuação utiliza muito, mais muito pouco esse recurso. Quem não está familiarizado com a série pode cair como pára-quedas no game e não entender muito bem o que ocorre e por que ocorre.


Neji, Shikamaru, Chouji, Sasuke, Jirayia, Rock Lee, Sakura, Kiba, Shino...Chegaaaaa.

Um quesito que o game tentou inovar foi a de que o jogador pudesse controlar os outros ninjas da vila da folha. Em missões paralelas à história e que não acrescentam nada no desenvolvimento do game, você por muitas vezes precisará controlar diversos personagens para alcançar o seu objetivo, porém, os objetivos principais da história são alcançados apenas com o próprio Naruto sendo controlado pelo jogador. Se o objetivo do game é alcançado apenas com o protagonista, pra que tantas e tantas missões paralelas?
Porém é preciso ressaltar que em algumas situações os produtores acertaram em cheio no controle de outros personagens. Um grande exemplo disso são as cenas em que você controla o amigo/rival Sasuke ao encontro com seu irmão Itachi, ou então em alguns momentos que você precisa controlar Kiba, Shikamaru, Neji e Chouji para a batalha contra os capangas de Orochimaru. Porém infelizmente ao invéz de utilizar esse recurso apenas nas missões essenciais e que complementam a série, os produtores preferiram fazer você andar praticamente o jogo inteiro com outros personagens em missões paralelas a saga.


Games, games e mais games.

Uma coisa legal dessa continuação são os diversos puzzles que se pode encontrar no decorrer do jogo. Aqui foram deixadas de lado as entregas de rámem, para dar lugar aos games divertidos que o jogador pode encontrar no decorrer do game. Outro fator bacana foi a inserção de um puzzle chamado DOJO, onde você treina e aprende a realizar combos misturados com jutsus para aperfeiçoar ainda mais sua técnica.

Nem tudo está perdido. Cel – Shading de volta!!

Sim, a técnica cel – shading que esconde os polígonos nos dando a impressão que o desenho foi feito a mão, retorna muito bem nessa continuação. O sentimento de estar jogando o desenho é maravilhoso e as animações que antes eram retiradas do próprio anime, passam a ser todas feitas por CG. Os gráficos do game melhoraram pouca coisa, porém a fidelidade em relação aos cenários, lutas, golpes e até mesmo diálogos são um ponto muito forte do game.

Rasengan, Chidori, Baika no Jutsu, Kage Bunshin no Jutsu.

Talvez o ponto mais forte do game seja os golpes fantásticos que o mesmo apresenta. Aqui você aprende passo a passo, igualzinho no anime a realizar a esfera de energia Rasengan. Nos momentos que joga com o personagem Sasuke, é muito bacana poder utilizar seu Chidori ou então seus olhos Sharingan. Os demais personagens também possuem golpes absolutamente iguais ao da série e nesse momento de luta as músicas do anime aparecem para nos confortar. O modo online das batalhas retorna da mesma maneira como o primeiro game, porém os momentos de pancadaria conseguem superar seu antecessor, com golpes e combos maravilhosos.


Considerações Finais:

Naruto The Broken Bound é um game que não inova em absolutamente nada em relação ao seu antecessor, a não ser na utilização de outros personagens e na inserção de puzzles divertidos e desafiadores. A mecânica do jogo anterior retorna de maneira convincente e os gráficos melhoraram na medida do possível, porém, decepciona nas missões cansativas que mais parecem fillers e também na utilização excessiva de personagens secundários. Mesmo assim é um dos melhores games de Naruto de todos os tempos, ficando atrás apenas de seu antecessor e de Ultima Ninja Storm 2. Fica aqui a alegria dos donos do console da Microsoft em ter mais um jogo exclusivo que passa por despercebido no meio de monstros como Gears of War e Halo.

NOTA: 7.5

Naruto: The Broken Bond está disponível para Xbox 360

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