BATMAN: ARKHAM ASYLUM - ANÁLISE

Em outubro de 2011 receberemos a continuação do melhor game de super heróis de todos os tempos: BATMAN ARKHAM CITY, que promete ser ainda mais arrasador que seu antecessor. Então que tal vermos o que de fato foi esse primeiro game que conseguiu se tornar  um dos melhores jogos de 2009? Vamos entrar no universo de Arkham Asylum.

Batman como realmente deve ser:

Em 2009 o mundo dos games ficou surpreendido com o lançamento de Batman Arkham Asylum. O jogo finalmente tirou o homem morcego de uma visão “animada” para uma visão mais séria e cativante. Depois de várias porcarias lançadas com o nome de Batman para os consoles, a Rocksteady Studios acertou em cheio ao lançar um game com tanta qualidade gráfica, técnica e, sobretudo intuitiva. O jogo é simplesmente maravilhoso, com gráficos envolventes, jogabilidade fácil e divertida que faz com que o jogador se sinta de fato na pele do homem morcego e não como um fantoche retirado do mundo animado.

História:

Depois de mais uma noite de serviço o nosso herói consegue finalmente capturar seu maior inimigo, o Coringa. Porém algo estranho ronda no ar devido a grande facilidade que o homem morcego teve para capturar seu arqui-rival, e o mesmo começa a desconfiar que essa captura na verdade possa ser uma farsa. E de fato o homem morcego estava certo em sua desconfiança, pois com a ajuda de Arlequina, Coringa consegue ter o controle total do sanatório. Sendo assim ele consegue a ajuda de antigos inimigos do morcegão, tais como o Charada, Hera Venenosa, Bane, Crocodilo e o Espantalho. Afinal de contas, seria muito mais fácil conseguir matar Batman em grande número e sobretudo em terreno próprio. Uma grande idéia do palhaço risonho.

Jogabilidade fantástica com ênfase na exploração:

O game apresenta ao público uma jogabilidade diferenciada em relação aos antigos games do homem morcego. Ao invés de andar e bater, bater e andar, o jogo se preocupa com a exloração no estilo Silent Hill ou Resident Evil, onde em determinadas partes o homem morcego deve procurar por pistas ou encontrar tal coisa para liberar tal passagem. E complementando isso o homem morcego utiliza um artifício muito interessante chamado de Detective Mode que muda a visão normal do herói e lhe dá uma visão à base de sensor, onde o jogador consegue verificar alguns dutos de ventilação, itens no cenário, evidências ou caixas de energia. Porém a jogabilidade não se restringe apenas ao modo investigativo e explorador. Em Batman Arkham Asylum os momentos de ação são absolutamente perfeitos, onde o jogador deve coordenar corretamente cada movimento do homem morcego, apertar o botão certo na hora certa e, sobretudo em algumas situações ser bem cuidadoso. Em alguns momentos os jogadores devem tomar cuidado, por que apesar de Batman ser um herói ele também é um ser humano que é sensível a balas, facadas e pauladas. Vale ressaltar também os momentos em que, por exemplo, o jogador através do Detective Mode observa entre as paredes que tem uma quantidade de inimigos esperando uma brecha para o assassinato, daí vem a hora de se esconder e andar pelos cantos escuros para pegá-los de surpresa com a grande quantidade de armas que o game apresenta. Você entendeu? Armas e não cinto de super utilidades.

Armas, Armas e mais Armas:

Como dito anteriormente o jogo utiliza de maneira muito convincente o grande número de armas e seus diversos upgrades. Em cada situação um tipo de arma será solicitada. Algumas armas servem até mesmo para momentos estratégicos como chamar a atenção para passar de fininho ou pegar algum capanga por traz. Talvez a única grande ausência do game foi a pouquíssima presença do Batmóvel, porém nada que comprometa essa obra de arte.

Atuações tão perfeitas como em The Dark Knight.

Vale destacar também o incrível trabalho realizado pelos dubladores do jogo, que criaram uma atmosfera tão realista que é quase impossível não se sentir dentro do manicômio. A presença dos dubladores que também dublam o desenho é impecável. Kevin Conroy (Batman), Mark Hammil (Coringa) e Arleen Sorkin (Arlequina) fazem jus a serem os donos das vozes tanto no desenho quanto no game. Principalmente Mark Hammil que também trabalhou já em alguns outros games como Castlevania Lords of Shadow. O saudoso vencedor do Oscar Heath Ledger é de fato o verdadeiro Coringa, sua atuação foi simplesmente perfeita, porém Mark Hammil não deixa muito a desejar com seu trabalho nos games que também foi impecável.

Gráficos maravilhosos e sombrios. Afinal de contas ele é o cavaleiro das trevas.

Os gráficos são simplesmente fantásticos e conseguem transparecer todo o clima de escuridão que está presente no asilo. Além dos gráficos serem perfeitos em tudo o que apresentam, os mesmos honram de maneira invejável a franquia do homem morcego em seu designe. Ver Batman correndo ao longo do jogo com sua capa rasgada ou despedaçada é muito bacana, pois nos dá a impressão de que realmente lutamos para chegar aonde chegamos, diferentemente dos outros jogos onde você bate, apanha, rola no chão, sangra e depois levanta como se fosse um imortal incapaz de sofrer algum dano.

Considerações Finais:

Batman Arkham Asylum tira o cavaleiro das trevas do fundo do poço e o leva a um nível intocável em relação aos seus amigos Spider - Man, Superman ou Hulk nos games. Mesmo com alguns probleminhas como pequenos serrilhados na versão do PS3, a pequena falta de sincronia nos diálogos e alguns bugs, o jogo é um dos melhores de todos os tempos. Finalmente a indústria dos games fez o mesmo que a indústria cinematográfica: Fizeram do homem morcego um herói humano, com sentimentos humanos, ao invés de um fantoche com uma máscara e uma capa que possui um cinto de mil e uma utilidades. Que venha Arkham City.

NOTA: 10/10

Batman Arkham Asylum está disponível para Xbox 360, Playstation 3 e PCs.

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